O que é uma síndrome de Churg-Strauss?

A síndrome de Churg-Strauss, muitas vezes abreviada para CSS, é uma condição médica rara que afeta o sistema autoimune dos pacientes, fazendo com que ele reaja exageradamente com consequências prejudiciais. Mais especificamente, a síndrome é uma forma de vasculite, condição que causa inflamação dos vasos sanguíneos. Nos casos de CSS, são os vasos sanguíneos de pequeno a médio porte que são afetados e podem produzir vários sintomas em pacientes que sofrem desse distúrbio. Os casos desta forma de vasculite variam de leves a graves, e a síndrome de Churg-Strauss, infelizmente, não é curável no momento. É uma condição crônica que dura a vida toda e, embora seja fatal em casos graves, não é necessariamente uma doença fatal. Pode ser gerido de forma bastante eficaz com um tratamento cuidadosamente escolhido e seguido de medicamentos imunossupressores que podem permitir aos pacientes, em muitos casos, desfrutar de longos períodos de remissão.

Como a síndrome de Churg-Strauss progride

Normalmente, a síndrome progride em três estágios distintos na ordem mostrada abaixo, mas às vezes há exceções a essa ordem e os estágios também podem se sobrepor até certo ponto. Os sintomas experimentados pelos pacientes também podem ser altamente variáveis, dependendo de qual parte do corpo foi afetada pela doença.

Estágio 1 – O estágio alérgico

Este estágio da síndrome de Churg-Strauss é caracterizado por reações alérgicas. A asma é o sintoma mais comum e esta fase pode durar entre três e nove anos antes do aparecimento de outras fases da doença. Aqueles que já têm histórico de problemas asmáticos têm grande probabilidade de sofrer uma piora do quadro. Outros sintomas, como febre do feno e sinusite, também são comumente observados durante esta fase inicial da síndrome de Churg-Strauss. Pólipos nasais que requerem remoção cirúrgica repetida também podem se formar durante esta fase.

Estágio 2 – O estágio eosinofílico

Para o paciente, o segundo estágio ou estágio eosinofílico da síndrome de Churg-Strauss é caracterizado por uma variedade de sintomas, dependendo de qual parte do corpo é afetada pela doença. Do ponto de vista médico, este estágio é caracterizado por níveis acentuadamente aumentados de eosinófilos na corrente sanguínea, um tipo específico de glóbulo branco. A superprodução de eosinófilos pode causar danos aos tecidos, especialmente nos pulmões e no trato digestivo, onde suas concentrações são geralmente mais altas. Os sintomas experimentados durante a fase eosinofílica podem incluir perda de peso, dor abdominal, tosse, mal-estar e febre. Esta fase também pode durar vários anos e pode até interferir na terceira e última fase da doença.

Estágio 3 – O estágio vasculítico

O estágio vasculítico da síndrome de Churg-Strauss é o estágio final e permanente da doença e, nos casos mais graves, pode ser fatal. Esta fase é caracterizada pela inflamação dos vasos sanguíneos de pequeno a médio porte, o que reduz o fluxo sanguíneo para órgãos e tecidos vitais. Coágulos sanguíneos também podem se formar em casos graves e doenças cardíacas também podem se desenvolver durante o estágio vasculítico. Os sintomas experimentados pelo paciente durante esta fase podem incluir diarreia, erupções cutâneas, feridas, vómitos, tosse com sangue e também presença de sangue na urina.

Diagnóstico

A chave para o tratamento eficaz da síndrome de Churg-Strauss é o diagnóstico precoce. Quanto mais cedo a condição for confirmada, mais eficazmente ela poderá ser tratada com medicamentos imunossupressores, evitando assim complicações graves e potencialmente fatais que podem surgir nas fases posteriores da doença. Infelizmente, não é tão fácil fazer um diagnóstico preciso durante a fase inicial da doença, pois os sintomas apresentados podem ser causados ​​por uma grande variedade de doenças, muitas das quais são triviais e temporárias, mas o conselho médico atual é que qualquer pessoa que tenha nariz escorrendo ou problemas de sinusite que se recusam a desaparecer ou que têm problemas respiratórios devem consultar o médico. Existem testes elaborados que precisam ser realizados antes que o diagnóstico da síndrome possa ser confirmado com precisão, e o médico pode providenciar a realização de tais testes em tempo hábil. Os testes para esta síndrome podem incluir análises de sangue e urina, biópsia pulmonar e uma radiografia e tomografia computadorizada de tórax podem ser realizadas, entre outros procedimentos. O diagnóstico é mais fácil durante o segundo estágio da doença devido à capacidade de detectar níveis muito elevados de eosinófilos na corrente sanguínea, capazes de causar danos ao tecido circundante, mas é importante que a condição seja diagnosticada o mais rápido possível para que o tratamento possa começar antes que qualquer dano duradouro ou permanente seja causado a órgãos ou tecidos vitais.

Tratamento da síndrome de Churg-Strauss

O tratamento desta síndrome envolve o paciente tomar regularmente medicamentos imunossupressores, como prednisolona e azatioprina. Como a doença pode variar enormemente em termos de gravidade e sintomas de pessoa para pessoa, o mesmo acontece com os tratamentos. Nem todos os casos confirmados de CSS são fatais ou debilitantes. Alguns casos da síndrome são tão leves que não passam de um incômodo incômodo para o paciente. Nesses casos, a condição pode ser controlada com tratamento mínimo. Casos mais graves podem exigir um tratamento mais complexo com medicamentos imunossupressores potentes.

A história da síndrome CSS

A síndrome de Churg-Strauss recebeu o nome de Jacob Churg e Lotte Strauss, dois médicos que trabalham como patologistas no prestigiado Hospital Mount Sinai, em Nova York. Eles identificaram e descreveram o distúrbio em 1951 e o chamaram de granulomatose alérgica com angiíte. Também é conhecida como granulomatose eosinofílica com poliangeíte, abreviada para EGPA.